Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
Câncer colorretal é o nome dado aos tumores que têm origem no intestino grosso e reto, a parte final do sistema digestivo. É possível prevenir esse tipo de doença? Para responder a esta e outras questões, como os exames mais comuns , criamos este artigo. Acompanhe!
O câncer colorretal é mais frequente em adultos, principalmente entre 40 e 60 anos. Existem alguns fatores de risco que contribuem para seu surgimento e os 4 principais são:
A doença é muito frequente e atinge pessoas independente do gênero. O INCA estimou que em 2020 ocorreram 40.990 novos casos no Brasil , divididos quase meio a meio entre homens (20.520) e mulheres (20.470).
Entre os sintomas principais estão o sangramento nas fezes, perda de peso e anemia, mudança de hábito intestinal (geralmente constipação ou diarreia) e inchaço abdominal. Porém, um ponto importantíssimo é que em fase inicial a doença costuma ser assintomática , por isso o rastreamento ativo é muito importante .
O rastreamento do câncer colorretal deve começar aos 45 anos de idade para pacientes sem antecedentes familiares dessa neoplasia e em pacientes com parentes de 1º grau com a doença , o rastreamento inicia-se aos 35 anos de idade ou então 10 anos antes do caso índice da família , o que for mais precoce:
O rastreamento pode ser realizado com exame de sangue oculto anualmente associado a retossigmoidoscopia a cada 5 anos .
Esse exame tem a capacidade de avaliar toda a mucosa do cólon e, portanto, identificar pólipos em todo órgão. A colonoscopia deve ser repetida a cada 10 anos , salvo em casos com múltiplos pólipos ou então com algum pólipo de alto risco, como aqueles com displasia de alto grau ou adenomas serrilhados, que exigem um controle precoce .
Tenha em mente que o diagnóstico precoce é o seu maior aliado contra essa doença, já que é possível a prevenção do câncer colorretal , combinando-se exames regulares, atenção ao histórico familiar e hábitos saudáveis. Deseja informações ou tirar outras dúvidas? Então, acesse a nossa Central Educativa para mais conteúdos como esse!