Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico está se destacando como uma opção eficaz e precisa para tratar essa condição.
Neste artigo, exploraremos o procedimento envolvido, os benefícios em relação às técnicas convencionais e o que esperar durante a recuperação pós-operatória.
O refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição em que o
ácido do estômago volta para o esôfago, causando sintomas desconfortáveis. Normalmente, o esfíncter esofágico inferior (EEI) atua como uma barreira para evitar que o ácido estomacal suba. No entanto, quando o EEI se enfraquece ou relaxa de forma inadequada, o ácido pode escapar, resultando em refluxo.
O ácido estomacal que retorna ao esôfago pode irritar o revestimento do esôfago, causando uma
sensação de queimação conhecida como azia. Além disso, pode levar a outros sintomas, como regurgitação, tosse crônica, rouquidão, dificuldade para engolir e dor no peito. O refluxo ocasional é comum e geralmente não causa preocupação, mas quando se torna crônico, pode indicar a presença de DRGE.
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico (DRGE) é um procedimento avançado que oferece precisão e controle aumentados
aos cirurgiões. Durante a cirurgia, os médicos utilizam um sistema robótico para realizar a
fundoplicatura de Nissen, um procedimento comum para
tratar o refluxo.
Ao contrário da cirurgia aberta tradicional, que envolve grandes incisões, a cirurgia robótica é
minimamente invasiva. Isso significa que os cirurgiões fazem pequenas incisões e inserem instrumentos cirúrgicos e uma câmera de alta definição através delas. O sistema robótico oferece uma visão tridimensional ampliada e movimentos precisos, permitindo que os cirurgiões realizem a fundoplicatura com
maior precisão e eficácia.
Durante a fundoplicatura de Nissen, o cirurgião envolve a parte superior do estômago (o fundo) ao redor da parte inferior do esôfago para
reforçar o esfíncter esofágico inferior
(EEI), impedindo o refluxo ácido. Isso pode ajudar a aliviar os sintomas associados ao refluxo, como azia, regurgitação e tosse crônica.
Após a cirurgia, os pacientes geralmente experimentam uma recuperação mais rápida e menos dor do que com a cirurgia aberta. No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados, incluindo infecção, sangramento e reações adversas à anestesia.
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico (DRGE) oferece uma série de vantagens em relação aos métodos tradicionais de cirurgia, sendo eles:
Após o procedimento de cirurgia robótica para refluxo, os cuidados pós-operatórios são fundamentais para uma
recuperação bem-sucedida. Os pacientes são orientados a seguir uma
dieta líquida nos primeiros dias após a cirurgia, progredindo gradualmente para alimentos brandos conforme tolerado. É essencial evitar alimentos irritantes ou muito condimentados durante esse período.
Além disso, atividades extenuantes devem ser evitadas nas primeiras semanas, com a
retomada gradual das atividades normais conforme recomendado pelo médico. O
uso de medicamentos prescritos, como analgésicos e anti-inflamatórios, pode ser necessário para controlar a dor e o desconforto pós-operatório. O
acompanhamento regular com o cirurgião é fundamental para avaliar a progressão da recuperação, monitorar a cicatrização e garantir que não haja complicações.
Em caso de qualquer
preocupação ou sintoma incomum, os pacientes devem
entrar em contato imediatamente com sua equipe médica para orientações adicionais.
Qual a melhor cirurgia para refluxo?
A melhor cirurgia para refluxo varia de acordo com o caso individual. Tanto a cirurgia laparoscópica quanto a robótica podem ser eficazes, dependendo das necessidades do paciente e da recomendação médica.
Quando a cirurgia robótica é indicada?
A cirurgia robótica é frequentemente indicada para casos de refluxo gastroesofágico crônico que não respondem ao tratamento médico convencional, especialmente em pacientes com hérnias de hiato ou complicações associadas.
Qual o risco da cirurgia de refluxo?
Os riscos da cirurgia para refluxo gastroesofágico incluem infecção, sangramento, reações à anestesia e complicações específicas do procedimento. No entanto, esses riscos são geralmente baixos e podem ser gerenciados pela equipe médica.
Quem é um candidato adequado para a cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico?
Os candidatos ideais para a cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico são aqueles que não respondem ao tratamento medicamentoso convencional para o refluxo ácido, têm hérnias de hiato ou sofrem de complicações associadas ao refluxo crônico.
Qual é o tempo de recuperação típico após a cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico?
O tempo de recuperação varia de acordo com o paciente, mas muitas pessoas podem retomar as atividades normais dentro de algumas semanas após o procedimento. É importante seguir as orientações médicas para otimizar o processo de recuperação.
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico é dolorosa?
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico geralmente causa menos dor e desconforto do que a cirurgia aberta devido às incisões menores e à abordagem menos invasiva. Os medicamentos para alívio da dor podem ser prescritos conforme necessário durante o período pós-operatório.
Quais são as taxas de sucesso da cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico?
As taxas de sucesso da cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico são geralmente altas, com muitos pacientes experimentando alívio significativo dos sintomas de refluxo ácido após o procedimento. No entanto, o sucesso do tratamento pode variar de acordo com a gravidade do refluxo e outros fatores individuais.
Quanto tempo dura o procedimento de cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico?
O tempo exato do procedimento pode variar, mas geralmente dura algumas horas. A precisão e eficiência da cirurgia robótica podem contribuir para tempos cirúrgicos mais curtos em comparação com abordagens convencionais.
Qual a diferença entre cirurgia robótica e cirurgia laparoscópica tradicional para refluxo gastroesofágico?
Na cirurgia robótica, os cirurgiões operam usando um console controlado por computador, oferecendo maior precisão e flexibilidade nos movimentos dos instrumentos, enquanto na laparoscopia tradicional, os instrumentos são manipulados diretamente pelos cirurgiões através de pequenas incisões.
A cirurgia robótica para refluxo gastroesofágico representa um avanço significativo no tratamento dessa condição. Com sua precisão e benefícios em relação às técnicas convencionais, oferece aos pacientes uma
opção eficaz e menos invasiva. Ao considerar as opções de tratamento para o refluxo, é essencial discutir com seu médico sobre a adequação da cirurgia robótica para suas necessidades individuais.
Você já teve refluxo gastroesofágico? Compartilhe conosco sua experiência.
Te convidamos a conhecer o
Dr. Guilherme Namur, Cirurgião do Aparelho Digestivo que une especialização pela USP, rigor clínico e experiência cirúrgica em prol do bem-estar de pacientes.
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