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Dr. Guilherme Namur

Cirurgião do Aparelho Digestivo

Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.

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Como detectar câncer de pâncreas? Entenda o diagnóstico da doença

Guilherme Namur • out. 30, 2024

O diagnóstico precoce do câncer de pâncreas é crucial para o sucesso do tratamento.


Neste artigo, exploramos os métodos de detecção disponíveis, desde os sintomas iniciais até os testes de diagnóstico e prognóstico da doença. Entender esses aspectos pode ajudar na identificação precoce da condição, melhorando assim as
chances de tratamento eficaz.


Como detectar câncer de pâncreas?


O câncer de pâncreas é uma doença desafiadora de diagnosticar precocemente devido à
falta de sintomas específicos em estágios iniciais. No entanto, alguns sinais como icterícia, perda de peso inexplicada e dor abdominal podem levantar suspeitas. Detectar a doença em estágios iniciais é crucial para melhores prognósticos.


Testes de Diagnóstico para Câncer de Pâncreas


Para confirmar a presença do câncer de pâncreas, uma série de testes diagnósticos é empregada, visando uma abordagem abrangente. Entre os mais comuns estão:


Ultrassonografia


A ultrassonografia é um procedimento indolor e não invasivo que utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do pâncreas e áreas circundantes. Durante o exame, o paciente deita-se em uma mesa enquanto um gel condutor é aplicado na pele abdominal. O técnico em ultrassonografia desliza um transdutor sobre a área, capturando imagens em tempo real que são visualizadas em um monitor. Essas imagens podem ajudar a identificar quaisquer anormalidades no pâncreas, como tumores ou cistos, auxiliando no diagnóstico do câncer de pâncreas.


Tomografia computadorizada


A tomografia computadorizada (TC) é um exame de imagem que fornece imagens detalhadas do pâncreas e regiões adjacentes. Durante o procedimento, o paciente é posicionado em uma mesa que desliza para o interior de um scanner de tomografia. O equipamento emite raios-X em torno do corpo, capturando imagens transversais que são processadas por um computador para criar imagens tridimensionais. A TC é especialmente útil na
detecção de tumores no pâncreas, avaliação de sua extensão e identificação de metástases.


Ressonância magnética


A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas do pâncreas. Durante o exame, o paciente deita-se em uma mesa que desliza para dentro de um scanner de RM. Não são utilizados raios-X durante a RM. O equipamento gera imagens em alta resolução, permitindo que os médicos
visualizem o pâncreas e possíveis lesões com precisão. A RM é frequentemente empregada para avaliar a extensão do câncer de pâncreas e guiar o planejamento do tratamento.


Ultrassonografia endoscópica


A ultrassonografia endoscópica é um procedimento que combina ultrassonografia e endoscopia para fornecer
imagens detalhadas do pâncreas e estruturas circundantes. Durante o exame, um endoscópio é inserido na boca do paciente e passado pelo esôfago até o estômago e duodeno. Uma sonda de ultrassom é acoplada à extremidade do endoscópio, permitindo que o médico visualize o pâncreas com alta precisão. A ultrassonografia endoscópica é particularmente útil na detecção precoce de câncer de pâncreas e na avaliação de tumores pequenos.


Biópsia pancreática


A biópsia pancreática é um procedimento no qual uma
amostra de tecido do pâncreas é coletada para análise laboratorial. Existem diferentes métodos para realizar uma biópsia pancreática, incluindo punção aspirativa por agulha fina (PAAF) guiada por imagem, biópsia por agulha grossa (core biopsy) e biópsia cirúrgica. O tipo de biópsia utilizado depende da localização e tamanho do tumor. Os resultados da biópsia ajudam os médicos a confirmar o diagnóstico de câncer de pâncreas e determinar o melhor plano de tratamento para o paciente.


A ultrassonografia endoscópica, combinada com a biópsia pancreática, é frequentemente realizada para uma avaliação mais precisa, permitindo a
análise direta do tecido pancreático e a confirmação do diagnóstico.


Esses métodos combinados ajudam os profissionais de saúde a determinar o estágio da doença e planejar o tratamento adequado para cada paciente.


Estágio do Tumor e Diagnóstico


O estágio em que o tumor de pâncreas é diagnosticado desempenha um papel essencial nas opções de tratamento e no prognóstico do paciente. Geralmente, o câncer de pâncreas é diagnosticado em estágios avançados, o que pode limitar as opções de tratamento disponíveis. No entanto,
diagnósticos precoces aumentam as chances de tratamento eficaz e melhores resultados a longo prazo.


Prognóstico do Câncer de Pâncreas


O prognóstico do câncer de pâncreas
pode variar significativamente de acordo com diversos fatores, incluindo o estágio da doença no momento do diagnóstico, o tipo específico de câncer pancreático, a resposta ao tratamento e a saúde geral do paciente.


Infelizmente, o câncer de pâncreas é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, o que limita as opções de tratamento e reduz as chances de cura. No entanto, avanços na medicina têm proporcionado melhorias nas taxas de sobrevida e qualidade de vida para alguns pacientes, especialmente quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento é iniciado rapidamente. É fundamental que os pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas recebam
apoio médico e emocional adequado para enfrentar os desafios do tratamento e manter a esperança durante o processo.


Fatores de Risco para o Câncer de Pâncreas


O câncer de pâncreas é uma doença complexa e multifacetada, e vários
fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento dessa condição. Entre os principais fatores de risco estão:


  • Tabagismo: Fumar é um dos principais fatores de risco para o câncer de pâncreas. Os produtos químicos presentes no tabaco podem danificar o DNA das células pancreáticas, aumentando o risco de mutações que levam ao câncer.


  • Histórico Familiar: Indivíduos com parentes de primeiro grau (como pais, irmãos ou filhos) que tiveram câncer de pâncreas têm um risco aumentado de desenvolver a doença. Certas síndromes genéticas hereditárias, como a síndrome de Lynch e a pancreatite hereditária, também podem aumentar o risco.


  • Idade Avançada: O risco de desenvolver câncer de pâncreas aumenta com a idade. A maioria dos casos é diagnosticada em pessoas com mais de 65 anos.


  • Obesidade e Dietas Não Saudáveis: A obesidade e o consumo excessivo de gorduras saturadas, carne vermelha e alimentos processados estão associados a um maior risco de câncer de pâncreas.


  • Pancreatite Crônica: Pessoas que têm pancreatite crônica, uma inflamação prolongada do pâncreas, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de pâncreas.


  • Diabetes: O diabetes tipo 2 está associado a um risco ligeiramente aumentado de câncer de pâncreas, especialmente se a doença foi diagnosticada recentemente e está mal controlada.


  • Exposição a Certas Substâncias Químicas: A exposição ocupacional a certos produtos químicos, como solventes industriais e pesticidas, pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.


  • Cirrose Hepática: Pessoas com cirrose hepática têm um risco aumentado de desenvolver câncer de pâncreas.


  • Consumo Excessivo de Álcool: O consumo excessivo de álcool ao longo do tempo pode aumentar o risco de câncer de pâncreas.


  • Raça e Etnia: Afro-americanos têm uma taxa ligeiramente maior de câncer de pâncreas em comparação com outras raças e etnias.


É importante lembrar que a presença de um ou mais desses fatores de risco
não garante o desenvolvimento do câncer de pâncreas, mas pode aumentar a probabilidade. A adoção de um estilo de vida saudável e consultas médicas regulares podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição.


Restou alguma dúvida?


Qual o exame para detectar câncer no pâncreas?

Exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia endoscópica são utilizados para detectar câncer de pâncreas.


Como saber se tenho algum problema no pâncreas?

Sintomas como dor abdominal persistente, perda de peso sem motivo aparente, icterícia e mudanças nos hábitos digestivos podem indicar um problema no pâncreas, mas um diagnóstico preciso requer avaliação médica.


Quanto tempo leva para desenvolver câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas pode se desenvolver ao longo de vários anos, muitas vezes sem causar sintomas evidentes nos estágios iniciais. O tempo pode variar de pessoa para pessoa.


Quais são os marcadores tumorais utilizados no diagnóstico do câncer de pâncreas?

Os marcadores tumorais, como o CA 19-9, são usados em conjunto com outros testes para auxiliar no diagnóstico e monitoramento do câncer de pâncreas.


Quanto tempo leva para receber um diagnóstico definitivo de câncer de pâncreas?

O tempo necessário para receber um diagnóstico de câncer de pâncreas pode variar dependendo dos sintomas, resultados dos testes e da necessidade de procedimentos adicionais, como biópsia. Em geral, o processo de diagnóstico pode levar algumas semanas.


Quais são os exames específicos que podem identificar problemas no pâncreas antes de aparecerem sintomas?

Exames como ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e exames de sangue que medem níveis de marcadores tumorais podem detectar problemas no pâncreas precocemente.


Quais são os avanços tecnológicos mais recentes no diagnóstico precoce do câncer de pâncreas?

Avanços como a ultrassonografia endoscópica e a biópsia líquida estão permitindo diagnósticos mais precoces e precisos do câncer de pâncreas.


Como os médicos distinguem entre diferentes condições pancreáticas durante os exames de detecção?

Os médicos utilizam uma combinação de exames de imagem, testes de função pancreática e marcadores tumorais para diferenciar entre condições como pancreatite, cistos pancreáticos e câncer de pâncreas.


Conclusão


Apesar dos desafios enfrentados pelo câncer de pâncreas, avanços contínuos na pesquisa e tratamento oferecem esperança para pacientes e familiares. A conscientização, o diagnóstico precoce e o acesso a opções de tratamento são fundamentais para melhorar as taxas de sobrevivência e qualidade de vida. Você foi ou conhece alguém que foi diagnosticado com câncer de pâncreas? Compartilhe este conteúdo.


Te convidamos a conhecer o
Dr. Guilherme Namur, Cirurgião do Aparelho Digestivo que une especialização na melhor universidade do país, rigor clínico e experiência cirúrgica em prol do bem-estar de pacientes. Agende sua consulta!


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