Conheça o
Dr. Guilherme Namur
Cirurgião do Aparelho Digestivo
Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
O que é doença diverticular do cólon?
Doença diverticular do cólon é o nome dado à condição clínica em que há presença de divertículos , isto é, de saculações na parede do intestino grosso.
Esses pequenos sacos geralmente ocorrem nas áreas de fraqueza do cólon próximas aos vasos sanguíneos da parede intestinal , sendo mais frequentes no cólon sigmoide, um segmento do lado esquerdo do órgão.
A seguir, vamos explicar com mais detalhes o que é doença diverticular do cólon, seus principais sintomas e os fatores de risco. Continue a leitura!
A doença diverticular do cólon e seus sinais
Para entender o que é a doença diverticular do cólon, é preciso deixar claro que ela não deve ser confundida com outras condições, como a diverticulose e a diverticulite .
A diverticulose é o nome dado à presença dos divertículos no intestino grosso, que são aquelas saculações de que falamos acima.
A condição é mais comum a partir dos 50 anos de idade, sendo que os pacientes são assintomáticos. Frequentemente, os divertículos são achados em exames de rastreamento do câncer colorretal .
Quando o paciente começa a manifestar algum sintoma , a condição passa a se configurar como a doença diverticular do cólon. Os principais sintomas são:
- Dor abdominal;
- Desconforto na fossa ilíaca esquerda;
- Alterações no hábito intestinal;
- Sensação de gases;
- Evacuação incompleta.
Com a evolução da doença diverticular do cólon, alguns pacientes podem ter crises de inflamação dos divertículos. Trata-se de uma complicação da doença , chamada de diverticulite aguda.
Nas crises, o paciente pode apresentar:
- Dor intensa na fossa ilíaca esquerda;
- Dor à palpação;
- Parada das evacuações;
- Febre;
- Mal-estar.
Geralmente, são esses episódios de crise que levam o paciente a procurar um pronto-socorro. A maioria dos casos não é grave, podendo ser tratados com antibióticos e analgésicos .
Contudo, em alguns casos podem ser necessárias intervenções médicas, como internação hospitalar, drenagem ou até mesmo cirurgia .
Nos quadros mais graves e crônicos, em que ocorrem outras crises após o tratamento, o paciente pode apresentar estenose do cólon ou uma fístula entre o cólon e a bexiga.
Os fatores de risco da doença diverticular
Existem alguns fatores comumente associados ao surgimento da doença diverticular do cólon. São eles:
- Idade: a condição é mais comum a partir dos 50 anos.
- Dieta: uma alimentação pobre em fibras é considerada um dos principais fatores de risco para a doença.
- Constipação: com a constipação intestinal ou fezes muito duras, o paciente faz muito esforço, o que aumenta a pressão no cólon e ocasiona a formação dos divertículos.
- Obesidade e sedentarismo: pouca prática de atividade física e peso acima do normal podem estar relacionados à formação dos divertículos, aumentando, assim, o risco de desenvolver a doença diverticular.
Agora que você já sabe o que é doença diverticular do cólon, caso note algum sintoma, é importante consultar um especialista . Vale reforçar também que ela é, na maioria das vezes, assintomática , e não deve ser confundida com a diverticulite.
Para prevenir episódios de crise aguda, mantenha hábitos saudáveis, como dieta rica em fibras, prática regular de atividade física e controle do peso. Deseja obter mais informações sobre o assunto? Então, não deixe de acompanhar os conteúdos na nossa Central Educativa para mais conteúdos!
