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Dr. Guilherme Namur

Cirurgião do Aparelho Digestivo

Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.

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A importância do diagnóstico precoce do Câncer de estômago

Guilherme Namur • 7 de abril de 2020

O estômago é um órgão essencial para o corpo humano, visto que recebe a comida trazida através do esôfago. Apesar da digestão não ocorrer especificamente nele, é fundamental para que ocorra adequadamente, visto que o seu ácido prepara o alimento para a digestão no intestino.

 

Existem diversos distúrbios que podem afetar o órgão. Dentre os considerados mais graves está o câncer de estômago. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, é o 3º tipo mais frequente em homens e o 5º entre as mulheres.

 

Neste artigo, você vai saber tudo sobre câncer de estômago, incluindo suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e opções de tratamento. Boa leitura!

O que é câncer de estômago?

 

Trata-se do tumor maligno que se origina na mucosa do estômago. No Brasil, é bastante prevalente. Somente em 2020, a estimativa é que ocorram 21.230 novos casos, sendo 13.360 em homens e 7.870 mulheres.

 

 

O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma , presente em cerca de 95% das ocorrências . Além dele, podem ocorrer outros tumores mais raros, como:

 

  • Linfomas;
  • Sarcomas;
  • Tumor estromal gastrointestinal (GIST).

Os tumores de câncer de estômago podem ser classificados de 2 formas distintas:

  1. Precoces: São aqueles superficiais, que invadem pouco a parede do estômago. Apresentam poucos sintomas e a taxa de sucesso no tratamento é muito alta, assim como as chances de cura;
  2. Avançados: São os tumores que já se infiltraram em grande parte da espessura da parede gástrica. Por serem mais agressivos, têm uma probabilidade baixa de cura. Além disso, costumam demandar cirurgias mais extensas e tratamentos complexos com quimioterapia e radioterapia.

Principais sintomas do câncer de estômago

A doença não possui nenhum sintoma específico. No caso, seus sinais costumam ser confundidos com os de outros distúrbios , como úlcera e gastrite. 

Porém, os que mais afetam os pacientes são:

  • Queimação na região da boca do estômago;
  • Vômitos, com ou sem a presença de sangue;
  • Fezes escurecidas;
  • Sensação de inchaço após se alimentar;
  • Náusea e indigestão;
  • Dor de estômago persistente;
  • Perda de peso não intencional.

Por serem sintomas inespecíficos e facilmente confundidos com os de doenças menos graves, acaba dificultando a realização do diagnóstico precoce. E, consequentemente, reduzindo as chances de cura.

O que causa a doença?

Não existe uma causa definida para o surgimento do câncer de estômago. Entretanto, existem alguns fatores de risco comprovados. Os principais estão relacionados à alimentação, principalmente o consumo excessivo de alimentos:

  • Em conserva;
  • Com alto teor de sódio;
  • Embutidos.

O consumo de álcool e o tabagismo também é considerado prejudicial para o órgão e, portanto, podem levar ao desenvolvimento do tumor.

A infecção por H. Pylori , bactéria naturalmente presente no estômago, igualmente pode causar a doença – principalmente em pacientes que sofrem de outros distúrbios estomacais, como a gastrite atrófica.

Sabe-se, ainda, que pacientes que já foram submetidos a cirurgias gástricas , como os que antigamente eram realizadas para tratar úlcera, têm risco altíssimo de câncer de estômago após 15 anos da realização do procedimento.

Um fator de risco mais raro, mas que pode ocorrer, é a genética. Neste caso, porém, representa menos de 10% de todos os tumores.

Como é feito o diagnóstico e por que ele é tão importante?

O diagnóstico do câncer de estômago é relativamente simples. Ele é realizado através do exame de endoscopia digestiva alta , que deve ser solicitada sempre que os pacientes apresentam sinais da doença.

Caso seja notada a presença do tumor, automaticamente deve ser feita a biópsia da área suspeita , a fim de determinar se a lesão é benigna ou maligna.

Uma vez que foi definida a presença da doença, o próximo passo consiste em fazer o estadiamento das lesões . Ou seja: definir o estágio em que ela se encontra para que, a partir dessa informação, seja elaborado o plano de tratamento.

Logo, além da endoscopia, o médico pode solicitar a realização dos seguintes exames:

  • Tomografia de tórax, abdômen e pelve;
  • Laparoscopia diagnóstica.

O câncer de estômago é uma doença agressiva e, se não for tratada, pode levar a óbito devido às suas complicações.

Por este motivo é tão importante promover o diagnóstico precoce do tumor. Para que isso ocorra, é essencial que, ao sentir dor de estômago, as pessoas não tomem remédio por conta própria, pois isso pode mascarar uma doença mais grave.

Logo, é importante evitar a automedicação e procurar um médico sempre que os sinais/sintomas forem persistentes.

Formas de tratamento da doença

A indicação do tratamento mais adequado depende de vários fatores. Os 2 principais são:

1 – Grau de profundidade da lesão

Lesões mais precoces e que não se espalharam pelo órgão podem ser tratadas durante a realização da endoscopia digestiva alta.

Em contrapartida, doenças avançadas necessitam de cirurgias maiores e mais complexas. Atualmente, o que tem sido proposto com mais frequência neste caso é a chamada terapia neoadjuvante , em que o paciente é exposto a sessões de quimioterapia antes e após a cirurgia.

2 – Localização do tumor

Os tumores localizados no terço distal do estômago, próximo ao duodeno, são passíveis de tratamento através da cirurgia conhecida como gastrectomia parcial. Enquanto os dispostos mais próximos ao esôfago devem ser tratados através da gastrectomia total.

Como a cirurgia é realizada?

A maior parte das cirurgias para tratar câncer de estômago, sejam elas laparoscópicas ou robóticas, é realizada de forma minimamente invasiva , sendo necessário realizar apenas pequenas incisões na parede abdominal.

Este formato é vantajoso por diversos motivos, incluindo:

  • Redução na dor no pós-operatório;
  • Menos sangramento durante a cirurgia;
  • Menor tempo de internação;
  • Retorno precoce às atividades usuais.

Geralmente, quem passa pela gastrectomia total têm um pós-operatório mais prolongado, visto que se trata de uma cirurgia mais complexa e abrangente. O paciente demora mais para conseguir se alimentar sozinho, recebendo o alimento via sonda durante uma semana a 15 dias.

Já quem passa pelas gastrectomias parciais têm pós-operatório mais breve, pois os riscos são menores. Isso significa que, em seguida, conseguem ingerir alimentos pastosos e rapidamente recuperam a capacidade de se alimentar com comidas sólidas.

Fique atento aos indícios do câncer de estômago

O câncer de estômago é uma doença muito comum no Brasil. Como seus sintomas são inespecíficos, podem ser facilmente confundidos com os de gastrite ou úlcera. Logo, é preciso procurar um médico especializado assim que os sinais se tornam persistentes, para que seja realizada uma investigação mais precisa.

O diagnóstico precoce permite que os tumores sejam tratados, além de aumentar as chances de cura. Estima-se que a taxa de sobrevida em 5 anos nos casos em que a doença é tratada em seu estágio inicial é de 71%. Já em estágio avançado, pode chegar a 4%.

Logo, procure o seu médico e, preferencialmente, realize exames preventivos para detectar o câncer de estômago em seu início.

 

Ficou com alguma dúvida ou precisa de uma orientação mais precisa? Entre em contato comigo agora mesmo!

 

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