Quais os principais tratamentos para Esôfago de Barrett?
Você já ouviu falar em esôfago de Barrett? Essa é uma condição caracterizada por modificações e lesões nos tecidos de revestimento do órgão.
A doença acontece devido à
exposição contínua da mucosa da região ao conteúdo ácido do estômago, ocorrendo uma inflamação crônica e modificação do tipo de célula que forma o tecido do esôfago. Esse processo ocasiona no desenvolvimento de uma condição conhecida como metaplasia intestinal, que é um fator de risco para
câncer de esôfago
Mas afinal,
quais os sintomas dessa enfermidade? E os tipos de tratamento? Nesse artigo, vamos responder em detalhes cada uma dessas perguntas.
Siga a leitura!
Esôfago de Barrett X Refluxo gastroesofágico
A origem das lesões características por essa condição está totalmente ligada ao refluxo gastroesofágico.
Nela, o ácido do estômago
volta para o esôfago. Assim, considerando que a mucosa da região não conta com a mesma proteção que a parede gástrica (que é própria para o contato com esse conteúdo ácido), ela se
lesiona com mais facilidade.
Dessa forma, há uma irritação em toda a espessura do revestimento do esôfago, o que gera a ocorrência da enfermidade.
Esôfago de Barrett: Sintomas
O esôfago de Barrett não necessariamente apresenta sintomas enquanto se desenvolve. No entanto, em certas situações, alguns pacientes podem sentir os seguintes sinais:
- Azia;
- Sabor amargo ou metálico na boca;
- Regurgitação;
- Arrotos constantes;
- Sensação de queimação;
- Tosse frequente;
- Rouquidão;
- Dores na região.
Principais tratamentos para Esôfago de Barrett
Agora que sabemos a origem da doença e os principais sintomas, resta uma dúvida: afinal, quais são as formas de tratamento desta condição?
Em primeiro lugar, destacamos que todo o tratamento deve ser indicado e supervisionado
por um gastroenterologista. Após a confirmação do diagnóstico, normalmente o profissional receita medicamentos focados na diminuição da acidez do estômago.
Além disso, é importante adquirir
hábitos saudáveis de alimentação, priorizando uma dieta com refeições em menor volume, sem alimentos ricos em gordura, sobretudo os ultraprocessados. No entanto, caso os remédios e as mudanças na dieta não solucionem o problema,
procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para melhor controle do refluxo.
O procedimento consiste na confecção de uma válvula anti-refluxo feita com o estômago. Tanto para pacientes que farão o tratamento clínico, quanto aqueles que serão operados, o seguimento com endoscopias seriadas é importante porque o esôfago de Barret aumenta o risco de
câncer de esôfago.
A ablação por radiofrequência (procedimento que usa calor para remover tecido danificado pela condição) é um método que permite
eliminar o esôfago de Barret,
porém é muito importante a avaliação de um especialista para indicar esse procedimento.
Como saber qual é o melhor tratamento para meu caso?
Por fim, reforçamos a importância de contar com o auxílio médico. Somente um profissional terá a competência necessária para diagnosticar o esôfago de Barrett e indicar o melhor tipo de solução para o seu caso.
Assim, caso sinta algum dos
sintomas listados, procure imediatamente um médico para te acompanhar. Lembramos que o tratamento precoce é uma peça fundamental para a recuperação de
qualquer doença.
Restou alguma dúvida sobre como tratar o esôfago de Barrett ou qualquer outro assunto relacionado? Entre em contato com o Dr. Guilherme Namur, cirurgião do aparelho digestivo formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo USP.
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