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Dr. Guilherme Namur

Cirurgião do Aparelho Digestivo

Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.

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Pólipo na vesícula pode se tornar um câncer? Entenda!

Guilherme Namur • set. 17, 2019

Atualizado em 24/08/2021.

Por não apresentar sintomas, muitas vezes o pólipo na vesícula é descoberto incidentalmente durante exames de ultrassonografia abdominal. Cerca de 95% dos pólipos da vesícula biliar são benignos, mas, apesar de não oferecerem perigo, alguns pólipos podem causar câncer na vesícula


Pólipos grandes, maiores do que 1 cm ou que tenham crescido durante o acompanhamento, geralmente precisam ser operados. No entanto, a maioria das lesões só necessita de acompanhamento.


Mesmo que a maioria não ofereça risco à saúde, alguns pólipos podem causar câncer na vesícula. Quer saber mais sobre quando um pólipo na vesícula pode se tornar um câncer? Então, continue acompanhando a leitura do artigo! 

O que é pólipo na vesícula?

Definimos como pólipo quando há uma tumoração projetada da parede da vesícula biliar para o interior da luz (cavidade do órgão). Ele pode ser neoplásico, (tumor maligno ou benigno), ou não neoplásico (pseudotumor).


O colesteroloma, que é um pseudo-tumor, é o tipo mais comum de pólipo  e consiste em depósitos de colesterol nas paredes da vesícula. Normalmente, têm menos de 5 mm e não oferecem qualquer perigo para a saúde do paciente, pois não há risco de progressão para câncer.


Já os pólipos neoplásicos podem ser benignos (adenomas) ou malignos (adenocarcinomas). É comum que estas lesões sejam maiores do que 1 cm, ou então  que apresentem crescimento entre um exame de controle e outro.

Como evitar os pólipos da vesícula?

Não há fatores de risco conhecidos para o aparecimento de pólipos na vesícula biliar. A única forma de prevenir a ocorrência de complicações dos pólipos é o acompanhamento com um médico especialista, preferencialmente, um cirurgião do aparelho digestivo.


No entanto, o maior fator de risco, principalmente nos casos que apresentam potencial de malignidade , está associado ao tamanho do pólipo na vesícula.


Sabe-se que, geralmente, os que apresentam  mais de 1 cm possuem maior índice de malignidade. Enquanto isso, os mais comuns, como os de colesterol, têm mais chances de serem pólipos benignos.

Quais são os sintomas de pólipo na vesícula?

Não existem sintomas específicos de pólipo na vesícula. Alguns pacientes podem ter desconforto na parte superior direita do abdome, associado a náuseas ou vômitos, sobretudo em pessoas com pólipos grandes ou associados a cálculos na vesícula biliar.


Além disso, ainda não é conhecida uma definição exata das causas de pólipo na vesícula. Os estudos ainda não são conclusivos e não relacionam as causas com fatores como obesidade, diabetes, gênero ou idade.


Por isso, como não existem muitos estudos que indicam fatores de risco ou mesmo causas para o aparecimento de pólipo na vesícula, a única alternativa ainda é o acompanhamento médico especializado.


Portanto, procure um cirurgião do aparelho digestivo para prevenir complicações e, em alguns casos, realizar a cirurgia de retirada do órgão.

Como fazer diagnóstico de pólipos na vesícula biliar?

Os pólipos na vesícula biliar podem ser diagnosticados em cerca de 5% da população, o melhor exame para avaliar a região do órgão é a ultrassonografia do abdômen e, normalmente, ela é suficiente para o diagnóstico e para determinar o tratamento mais adequado. 


A utilização de ultrassonografia com Doppler, para avaliar o fluxo de sangue dentro do pólipo, pode ser importante para diferenciar um pólipo verdadeiro de um pseudopólipo.


Algumas vezes, exames mais específicos, como ultrassonografia endoscópica ou ressonância magnética, podem auxiliar no diagnóstico, mas raramente são necessários.


Biópsias dessas lesões não costumam ser feitas, porque esse tipo de procedimento tem muitas complicações e pode, inclusive, ajudar na disseminação da doença, em caso de câncer de vesícula.

Quais os riscos e quando é necessário operar?

Como afirmamos anteriormente, pólipos com tamanho inferior a 5 mm não oferecem risco e só devem ser motivo de preocupação caso seja notado um crescimento. Enquanto os pólipos com tamanho entre 5 a 10 mm precisam ser analisados com maior cautela. Um minucioso exame de ultrassonografia com doppler pode diferenciar um pólipo neoplásico de um pólipo de colesterol. Por isso, é muito importante fazer exames periódicos.



Pólipos que apresentem crescimento durante o seguimento, ou então, aqueles maiores do que 1 cm, devem ser operados por causa do risco de câncer.  A cirurgia consiste na retirada de toda a vesícula biliar, feita preferencialmente por via minimamente invasiva, ou seja, cirurgias com pequenos cortes. Alguns cuidados especiais são necessários na cirurgia de pólipo da vesícula, sobretudo não perfurar a vesícula e retirá-la protegida por um saco estéril, próprio para isso.


Resumidamente, um pólipo na vesícula é uma alteração benigna na grande maioria dos casos, porém alguns pacientes têm risco de doença mais grave, como câncer de vesícula. Quando a lesão é menor do que 5 mm, pode ser acompanhada por um tempo até que se determine sua estabilidade. Para pólipos com tamanho superior a 5 mm, devem ser realizados exames periodicamente.


Lesões maiores do que 1 cm, ou que apresentem crescimento durante o seguimento, provavelmente são neoplásicas, com risco inclusive de tornarem-se malignas, portanto devem ser operadas.


Sendo assim, lembre-se de fazer o acompanhamento médico regular, principalmente, porque existem poucos estudos concretos que indicam causas ou fatores de risco.


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