Me formei em 2006 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), fiz residência em Cirurgia Geral e, posteriormente, em Cirurgia do Aparelho Digestivo no Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o término da minha residência em 2011, me dediquei ao tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo, atuando no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, sobretudo em Cirurgia Pancreática, uma área com procedimentos de alta complexidade em que o número de casos tratados tem impacto direto nas taxas de complicações dessas cirurgias. O estudo desses resultados é a minha linha de pesquisa dentro da Universidade e o tema do meu projeto de doutorado. Desde que iniciei meus estudos em Cirurgia Pancreática, grande parte da minha dedicação foi em cirurgia minimamente invasiva, ou seja, feita através de pequenos cortes, primeiramente por via laparoscópica e recentemente por meio de cirurgia robótica.
O fígado é um dos órgãos mais complexos do nosso corpo, sendo responsável por funções essenciais de vários sistemas, como o imune e o digestivo.
Porém, diversas doenças podem afetar esse órgão. E uma das mais comuns é a esteatose hepática – também conhecida simplesmente como gordura no fígado.
Essa condição é atualmente a doença hepática com maior incidência no mundo ocidental e sua evolução não controlada pode acarretar problemas mais graves, como cirrose hepática e câncer.
A seguir, explicamos com mais detalhes o que é esteatose hepática e quais são as medidas e tratamentos que podem ajudar a reverter o quadro. Veja!
A esteatose hepática é uma doença caracterizada pelo acúmulo de gordura dentro dos hepatócitos, que são as células mais abundantes do fígado.
Essa condição pode ser causada pelo consumo excessivo de álcool – configurando a esteatose hepática alcoólica – ou por outros fatores não relacionados a sua ingestão – configurando a esteatose hepática não alcoólica .
Nesse caso, os principais fatores de riscos que podem levar ao aparecimento da esteatose hepática são:
As pessoas nessas condições clínicas devem contar com um acompanhamento médico constante para avaliar a presença de gordura no fígado, o que pode ser feito por meio da ultrassonografia de abdômen.
O paciente com gordura no fígado não apresenta sintomas nas fases iniciais e nos quadros leves . Mas, à medida que a esteatose hepática não alcoólica progride para estágios mais avançados, alguns sintomas relacionados à insuficiência hepática podem surgir, como:
Já que a esteatose hepática é assintomática em suas fases iniciais , é fundamental que os pacientes do grupo de risco tenham um bom acompanhamento médico , a fim de obter um diagnóstico precoce.
Uma vez feito esse diagnóstico, o médico avaliará a gravidade da doença, por meio de exames laboratoriais (que medem a dosagem de enzimas hepáticas) e de imagem (para detectar a quantidade de gordura no fígado). Dependendo dos resultados, também pode ser necessário fazer uma biópsia.
Para reverter o quadro, existem algumas medidas simples que podem ajudar muito, como:
Embora existam estudos para tratamento de gordura no fígado com medicamentos, não há um produto farmacêutico definitivo. Por isso, controlar os fatores de risco e adotar pequenas mudanças no estilo de vida ainda é considerado mais eficaz do que remédios para a reversão do quadro.
Por fim, é importante lembrar que a esteatose hepática não alcoólica, quando não tratada, pode evoluir para a cirrose hepática. Logo, é crucial consultar um especialista para análise do quadro, diagnóstico correto e tratamento adequado. Deseja mais informações ou tirar outras dúvidas? Então, acesse a nossa Central Educativa e confira outros conteúdos!